Receber um pedido da escola para avaliar o desenvolvimento do filho pode ser um momento desafiador para qualquer família. O primeiro impulso de muitos pais é a resistência: “Será que estão enxergando algo que eu não vejo?”, “Estão exagerando?”, “Meu filho será rotulado?”. Essas preocupações são compreensíveis e, muitas vezes, carregam um sentimento de autoproteção.
No entanto, o vídeo “Encaminhamento Escolar – Quando a Escola Solicita Avaliação”, da expositora Milena Loguercio, convida à reflexão: e se essa solicitação for, na verdade, um gesto de cuidado e não de julgamento? Aceitar esse processo pode ser o primeiro passo para garantir que a criança receba o suporte necessário para desenvolver todo o seu potencial.
Aceitação: O Primeiro Passo para o Desenvolvimento
A resistência inicial dos pais diante de um encaminhamento escolar tem uma raiz emocional profunda. Como Milena compartilha em seu relato pessoal, qualquer situação que envolva um possível desafio para os filhos toca diretamente na sensibilidade dos pais. Ela compara esse sentimento ao momento em que recebeu indicações médicas para pequenas cirurgias em seus filhos. Mesmo sabendo que era necessário, o desconforto era inevitável.
O mesmo ocorre quando a escola sugere uma avaliação com um profissional da saúde, seja um fonoaudiólogo, psicólogo ou neurologista. No entanto, negar ou adiar essa análise pode significar postergar a descoberta de ferramentas que ajudarão a criança a superar dificuldades e explorar suas potencialidades. Como a autora enfatiza:
“Quando você abre o seu coração e faz de fato uma avaliação assertiva, você entende melhor o que o seu filho tem e sabe quais são as melhores armas para usar nessa luta.”
A Escola Como Parceira no Processo Educacional
Um dos maiores receios dos pais é que a avaliação escolar leve a um rótulo ou a um diagnóstico que limite a criança. No entanto, Milena esclarece que a intenção da escola não é “classificar” o aluno, mas compreender suas necessidades específicas para apoiá-lo da melhor maneira possível.
Muitas vezes, a solicitação de uma avaliação surge porque os métodos tradicionais de ensino não estão alcançando plenamente aquela criança. Sem um olhar mais aprofundado, corre-se o risco de continuar aplicando estratégias inadequadas, o que pode prejudicar o aprendizado e a autoestima do aluno. Como a autora ressalta:
“Ninguém vai usar ferramentas diferenciadas no processo de educação se não tiver ninguém dizendo: essa criança precisa de um tratamento diferenciado.”
Ao enxergar a escola como uma aliada e não como uma instituição que aponta falhas, os pais podem estabelecer um diálogo mais construtivo, focado no que realmente importa: o desenvolvimento integral da criança.
Cada Criança Tem um Potencial Único
Outro ponto central abordado no vídeo é a importância de olhar para cada criança como um indivíduo único. Muitas vezes, os pais subestimam até onde seu filho pode chegar simplesmente porque ele não se encaixa em um modelo tradicional de aprendizado. A avaliação não é uma sentença, mas um meio de abrir novas portas e possibilidades.
“A gente nunca sabe o verdadeiro potencial de uma criança e até onde ela pode chegar.”
Negar a necessidade de uma avaliação pode levar a um ensino padronizado, que não considera as particularidades de cada aluno. O tempo é um fator crucial: quanto mais cedo as dificuldades forem identificadas, mais rápido será possível intervir e oferecer um suporte adequado.
Mudar a Perspectiva é Fundamental
A mensagem deixada por Milena Loguercio é clara: abrir-se para a possibilidade de uma avaliação é um ato de amor e cuidado. Quando os pais superam a resistência inicial e confiam no processo, proporcionam ao filho uma chance maior de desenvolver suas habilidades da melhor maneira possível.
A escola não é um tribunal que julga, mas um espaço de parceria e acolhimento. Ao invés de ver um encaminhamento como uma crítica, é preciso enxergá-lo como um convite ao crescimento e à busca de soluções que beneficiem a criança.
📌 Assista ao vídeo completo de Milena Loguercio: https://www.youtube.com/watch?v=omp_8DMs94M
P.S: Convidamos a todos que desejarem a procurar nossa psicopedagoga Nicoli que está à disposição para maiores esclarecimentos.