Cultura de Paz

Entre os dias 13 e 17 de fevereiro ocorreu a Semana da Cultura de Paz. Nela, foram ofertadas aos educandos oficinas, vivências, jogos cooperativos, círculos de paz e rodas de conversa.

Os jogos cooperativos, segundo a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), têm um valor em si e devem ser organizados no espaço educativo essencialmente nesse sentido. Mas, ainda assim, também podem ser usados como uma forma de posteriormente se refletir sobre aquela ação com o foco em outros aspectos conceituais e na base de construção de valores (no caso do EHC: Afetividade, Respeito, Responsabilidade, Honestidade, Solidariedade, Empatia). Por isso, são instrumentos importantes na execução do projeto pedagógico da escola e na construção de uma Comunidade Educadora, tendo em vista os valores que encorajam, a qualidade de vida e a convivência que oferecem.

O EHC, enquanto escola que visa a transformação humana, também valoriza e exercita práticas circulares para a paz e a comunicação não violenta como pilares pedagógicos em constante aprimoramento e avaliação, de modo a favorecer o aprendizado coletivo no que concerne à gestão de conflitos.
E ainda nesses nesse sentido, no EHC, o diálogo está no centro para a resolução de qualquer conflito na escola; a partir dele são construídos os procedimentos a serem tomados quando estes combinados coletivos são descumpridos. Assim, chega-se a um acordo sobre um marco de convivência que seja aceitável e legítimo para todos. A proposta visa promover rodas de conversa e espaços de diálogo em que todos participem, e nos quais todos os argumentos para a resolução de um conflito são valorizados.
Além disso, no cotidiano do EHC vêm sendo implantado, paulatinamente, os círculos de paz prevenindo e também cuidando de alguns conflitos, fortalecendo também os laços humanos, apoiando alguém ou uma causa necessária, dentre outras possibilidades. Eles envolvem três etapas:

Pré-círculo: o facilitador faz um encontro separadamente com cada uma das partes envolvidas e as escuta; ele explica como funciona o círculo, define a questão a ser abordada e os passos do procedimento. Com a concordância das pessoas em participar do círculo, elas podem indicar outros participantes que desejam ver no encontro.

O Círculo: forma-se, então, um espaço no qual os interessados podem conversar e identificar suas necessidades para desenvolver ações construtivas que beneficiam a todos. O facilitador conduzirá os trabalhos, esclarecendo que ali todos têm voz ativa, participam e devem ser compreendidos.
Deste modo, cria-se ambiente seguro onde seja possível realizar uma compreensão mútua entre os envolvidos e construir um acordo coletivo para a reparação de danos. O diálogo é o ponto de partida para que as partes, de forma colaborativa, analisem o ocorrido e como se encontram no momento. É importante que o acordo seja escrito ou registrado em uma ata. Em seguida, finaliza-se o processo, com o agradecimento aos participantes e o agendamento do pós-círculo.

O Pós-círculo é um encontro posterior com os participantes do círculo para verificação do cumprimento do acordo e se as pessoas estão bem e satisfeitas. Caso contrário, poderá se desencadear um novo processo de escuta e reiniciar o ciclo.

Por fim, ainda nesse sentido, corroborando com um arcabouço teórico e metodológico para se trabalhar as emoções – algo fundamental para a construção de uma Cultura de Paz – o EHC também vem contando com o suporte – por meio de um curso presencial, materiais e cursos remotos – sobre Educação Emocional, desde 2019, oriundo de dois professores da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), Fabrício e Elisa Possebon.

Turismo de Base Comunitária e Volunturismo no EHC

O turismo de base comunitária fomenta uma nova lógica turística que possibilite, ao mesmo tempo, geração de renda, respeito ao modo de vida local, ao meio ambiente e a consolidação da luta em defesa do território tradicional, proporcionando experiências singulares aos viajantes dentro de comunidades guiadas pelo intercâmbio de saberes com o povo de cada lugar.

Já o volunturismo é uma viagem de turismo, mas que conta com o trabalho voluntário também.
O volunturista atua em uma causa importante, como, por exemplo: educação, saúde, alimentação, conservação do meio ambiente, acesso à água ou muitas outras.
Além da visita aos pontos turísticos, o viajante também vive o dia-a-dia das comunidades locais, ganhando assim muitos aprendizados para seu crescimento pessoal e o valor pago por uma Expedição de Volunturismo cobre diversos custos, tais como hospedagens, refeições, transportes terrestres e fluviais, seguro viagem, atividades turísticas, impostos, salários entre outros com o compromisso de se remunerar de forma justa toda a cadeia de profissionais envolvidos na experiência.
O EHC, ao longo de 2022, recebeu a visita de um grupo de turistas participantes das Expedições Chapada dos Veadeiros Vivalá @somosvivala que se hospedou pontualmente na Cidade da Fraternidade e visitou a comunidade. Foram recebidos na escola e colaboraram com algum trabalho, sobretudo, ligado à horta do EHC. Em 2023, a Vivalá está iniciando a Expedição Chapada dos Veadeiros de Volunturismo em Educação Auxiliar e Educação – Oficinas no EHC, além da proposta de Volunturismo em Meio Ambiente em uma agrofloresta familiar no Sítio Encanto das Flores.

Um dos trabalhos realizados entre Vivalá e EHC em 2022

Nessas Expedições, o volunturista irá colaborar, durante quatro períodos, no EHC nas seguintes áreas:

Oficinas extracurriculares para os alunos do Educandário em: Cinema, Produção Audiovisual, Design e Arte Digital, Desenho/Artes Plásticas e Empreendedorismo;

Auxiliar de turma e/ou acompanhante de crianças com dificuldade de aprendizado.

Além disso, o volunturista participará de uma apresentação da comunidade, curtirá um pôr do Sol no Mirante da Caixa D´Água, além de ter tempos destinados a descansar e interagir com a comunidade e ainda conhecer alguns pontos turísticos locais.