Comunidade que Recicla

Desde 2022, o Projeto de Educação Ambiental Comunidade que Recicla vem sendo paulatinamente implementado na comunidade Cidade da Fraternidade com enfoque na gestão de resíduos sólidos dela em parceria com a Associação Reciclealto. Alguns de seus objetivos são doar o valor arrecadado com o lixo reciclável (moeda social Reciclado) para projetos desenvolvidos no EHC e destinar corretamente de todos os resíduos recicláveis produzidos pela comunidade Cidade da Fraternidade e pelo Educandário Humberto de Campos.

Outro objetivo é fortalecer a proposta de Educação Ambiental no EHC com ações educativas de acordo com o PPP da escola e convidando a comunidade a participar. Uma dessas atividades consistiu em uma gincana com os educandos do EHC que sensibilizaram suas famílias e participaram de uma gincana de separação de resíduos sólidos como atividade inicial para a futura implementação de um ponto de coleta da região, em parceria com a Prefeitura Municipal e a Associação Reciclealto.

A gestão de resíduos envolve um conjunto de ações adequadas para a minimização de resíduos, garantindo o máximo de reaproveitamento e reciclagem e o mínimo de produção de rejeitos.
A reciclagem é um dos passos imprescindíveis na preservação do meio ambiente, possibilitando que materiais que seriam descartados retornem para a cadeia produtiva, aumentando a preservação dos recursos naturais além de empregar muitas pessoas.
Apesar de sua importância, poucas cidades do Brasil tem políticas efetivas de coleta seletiva e apenas 2,1% é efetivamente reciclado (de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento). Alto Paraíso conta com a Associação Reciclealto que faz esse trabalho há muitos anos, gerando renda e trabalho e colaborando com a preservação ao destinar corretamente toneladas de resíduos sólidos todos os meses.

O EHC vem trabalhando para que sejamos uma comunidade educadora, em que ações educativas se expandam cada vez mais para além dos muros da escola, o que amplia nossa responsabilidade em relação à educação das crianças e jovens pelo nosso exemplo. A gestão de resíduos está inserida na proposta de educação ambiental da escola, localizada na zona de amortecimento do Parque Estadual Águas do Paraíso ( Unidade de Conservação) e está em parceria com a SEMAD (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) implantando ações educativas para os estudantes do EHC. Moramos na região da Chapada dos Veadeiros, um dos patrimônios naturais da humanidade (Unesco) e no Cerrado, que é um dos biomas de maior importância para as fontes de água de todo o país (seis das oito grandes bacias hidrográficas brasileiras nascem no Cerrado de acordo com a WWF). A proteção ambiental passa por inúmeras ações que vão desde atitudes pequenas e individuais até mudanças sociais e econômicas profundas. A gestão de resíduos sólidos está entre os pontos principais da proteção ambiental.

Cultura de Paz

Entre os dias 13 e 17 de fevereiro ocorreu a Semana da Cultura de Paz. Nela, foram ofertadas aos educandos oficinas, vivências, jogos cooperativos, círculos de paz e rodas de conversa.

Os jogos cooperativos, segundo a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), têm um valor em si e devem ser organizados no espaço educativo essencialmente nesse sentido. Mas, ainda assim, também podem ser usados como uma forma de posteriormente se refletir sobre aquela ação com o foco em outros aspectos conceituais e na base de construção de valores (no caso do EHC: Afetividade, Respeito, Responsabilidade, Honestidade, Solidariedade, Empatia). Por isso, são instrumentos importantes na execução do projeto pedagógico da escola e na construção de uma Comunidade Educadora, tendo em vista os valores que encorajam, a qualidade de vida e a convivência que oferecem.

O EHC, enquanto escola que visa a transformação humana, também valoriza e exercita práticas circulares para a paz e a comunicação não violenta como pilares pedagógicos em constante aprimoramento e avaliação, de modo a favorecer o aprendizado coletivo no que concerne à gestão de conflitos.
E ainda nesses nesse sentido, no EHC, o diálogo está no centro para a resolução de qualquer conflito na escola; a partir dele são construídos os procedimentos a serem tomados quando estes combinados coletivos são descumpridos. Assim, chega-se a um acordo sobre um marco de convivência que seja aceitável e legítimo para todos. A proposta visa promover rodas de conversa e espaços de diálogo em que todos participem, e nos quais todos os argumentos para a resolução de um conflito são valorizados.
Além disso, no cotidiano do EHC vêm sendo implantado, paulatinamente, os círculos de paz prevenindo e também cuidando de alguns conflitos, fortalecendo também os laços humanos, apoiando alguém ou uma causa necessária, dentre outras possibilidades. Eles envolvem três etapas:

Pré-círculo: o facilitador faz um encontro separadamente com cada uma das partes envolvidas e as escuta; ele explica como funciona o círculo, define a questão a ser abordada e os passos do procedimento. Com a concordância das pessoas em participar do círculo, elas podem indicar outros participantes que desejam ver no encontro.

O Círculo: forma-se, então, um espaço no qual os interessados podem conversar e identificar suas necessidades para desenvolver ações construtivas que beneficiam a todos. O facilitador conduzirá os trabalhos, esclarecendo que ali todos têm voz ativa, participam e devem ser compreendidos.
Deste modo, cria-se ambiente seguro onde seja possível realizar uma compreensão mútua entre os envolvidos e construir um acordo coletivo para a reparação de danos. O diálogo é o ponto de partida para que as partes, de forma colaborativa, analisem o ocorrido e como se encontram no momento. É importante que o acordo seja escrito ou registrado em uma ata. Em seguida, finaliza-se o processo, com o agradecimento aos participantes e o agendamento do pós-círculo.

O Pós-círculo é um encontro posterior com os participantes do círculo para verificação do cumprimento do acordo e se as pessoas estão bem e satisfeitas. Caso contrário, poderá se desencadear um novo processo de escuta e reiniciar o ciclo.

Por fim, ainda nesse sentido, corroborando com um arcabouço teórico e metodológico para se trabalhar as emoções – algo fundamental para a construção de uma Cultura de Paz – o EHC também vem contando com o suporte – por meio de um curso presencial, materiais e cursos remotos – sobre Educação Emocional, desde 2019, oriundo de dois professores da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), Fabrício e Elisa Possebon.

Turismo de Base Comunitária e Volunturismo no EHC

O turismo de base comunitária fomenta uma nova lógica turística que possibilite, ao mesmo tempo, geração de renda, respeito ao modo de vida local, ao meio ambiente e a consolidação da luta em defesa do território tradicional, proporcionando experiências singulares aos viajantes dentro de comunidades guiadas pelo intercâmbio de saberes com o povo de cada lugar.

Já o volunturismo é uma viagem de turismo, mas que conta com o trabalho voluntário também.
O volunturista atua em uma causa importante, como, por exemplo: educação, saúde, alimentação, conservação do meio ambiente, acesso à água ou muitas outras.
Além da visita aos pontos turísticos, o viajante também vive o dia-a-dia das comunidades locais, ganhando assim muitos aprendizados para seu crescimento pessoal e o valor pago por uma Expedição de Volunturismo cobre diversos custos, tais como hospedagens, refeições, transportes terrestres e fluviais, seguro viagem, atividades turísticas, impostos, salários entre outros com o compromisso de se remunerar de forma justa toda a cadeia de profissionais envolvidos na experiência.
O EHC, ao longo de 2022, recebeu a visita de um grupo de turistas participantes das Expedições Chapada dos Veadeiros Vivalá @somosvivala que se hospedou pontualmente na Cidade da Fraternidade e visitou a comunidade. Foram recebidos na escola e colaboraram com algum trabalho, sobretudo, ligado à horta do EHC. Em 2023, a Vivalá está iniciando a Expedição Chapada dos Veadeiros de Volunturismo em Educação Auxiliar e Educação – Oficinas no EHC, além da proposta de Volunturismo em Meio Ambiente em uma agrofloresta familiar no Sítio Encanto das Flores.

Um dos trabalhos realizados entre Vivalá e EHC em 2022

Nessas Expedições, o volunturista irá colaborar, durante quatro períodos, no EHC nas seguintes áreas:

Oficinas extracurriculares para os alunos do Educandário em: Cinema, Produção Audiovisual, Design e Arte Digital, Desenho/Artes Plásticas e Empreendedorismo;

Auxiliar de turma e/ou acompanhante de crianças com dificuldade de aprendizado.

Além disso, o volunturista participará de uma apresentação da comunidade, curtirá um pôr do Sol no Mirante da Caixa D´Água, além de ter tempos destinados a descansar e interagir com a comunidade e ainda conhecer alguns pontos turísticos locais.

Conane Regional Chapada dos Veadeiros

Relato escrito por Alessandra Possebon e Karina F. R. Graciano

Desde 2013, o movimento gerado pela Conferência Nacional de Alternativas para uma Nova Educação (CONANE) tem inspirado estudos, reflexões e práticas no Educandário Humberto de Campos (EHC).

O Educandário é uma escola filantrópica gratuita que tem como mantenedora a Organização Social Cristã Espírita André Luiz (OSCAL) e possui convênios com as secretarias de educação do Estado e do município. Estamos localizados na comunidade Cidade da Fraternidade, uma área rural de Alto Paraíso de Goiás circunvizinha de assentamentos, acampamentos e sítios, sendo que a imensa maioria dos estudantes são filhos de agricultores familiares.

Na primeira Conane Nacional participamos super entusiasmados da abertura do evento e, após voltarmos, iniciamos um grupo de estudos de educação democrática entre os educadores. Continuamos participando das edições nacionais em Brasília, da Conane Candanga e em 2019 participamos também da Conane Paraíba.

A jornada de transição pedagógica do Educandário foi se fortalecendo acompanhando a história da própria CONANE e com muita consciência de que teríamos uma longa caminhada dentro do contexto de nossa comunidade. Em novembro de 2016, realizamos na escola o Encontro Jovem de Alto Paraíso, juntamente com o IPEARTES/ SEDUC (Instituto de Pesquisa, Ensino, Extensão em Arte Educação e Tecnologias Sustentáveis), após escutarmos os/as jovens estudantes do Ensino Médio de todo o município, nos reunimos com eles e elas para amadurecermos uma proposta de educação transformadora a partir de seus interesses, sonhos e desafios.

A proposta de educação transformadora do IPEARTES/SEDUC foi inspirada no conceito dos povos andinos de Bem Viver (Sumak Kawsay) e estava interligada a um momento de grande interesse político de que Alto Paraíso se tornasse um exemplo de práticas associadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS/ONU).

Apesar do projeto em nível municipal não ter caminhado como esperado, na educação mantivemos nossos ideais, e junto da equipe de educadores/as do IPEARTES/SEDUC, fomos desenvolvendo o projeto pedagógico do Educandário, nos baseando nos seguintes princípios: Educação Integral, Brincar e Ludicidade, Educação do Campo, Pedagogia de Projetos e Arte Educação.

Em 2018, decidimos dar mais um passo e realizarmos a Conane Chapada dos Veadeiros. Estamos inseridos em uma região com muitas experiências educativas transformadoras: IPEARTES/SEDUC, Escola Vila Verde, Escola Janela, Laila que Baila, Escolas Waldorf – Jardim do Cerrado e Espaço Sofia, e ao dialogarmos com elas constatamos que tínhamos o desejo de estarmos mais próximos, trocando experiências e nos fortalecendo. Entramos em contato com a coordenação da CONANE que nos incentivou e apoiou na realização do evento.

Assim, no dia 05/12/2018, aconteceu a CONANE Chapada dos Veadeiros, um dia de intensos aprendizados, reflexões, arte e diálogos engrandecedores.  Lembrando da importância da escuta dos/as jovens, realizamos também a CONANE Jovem que reuniu estudantes do Ensino Médio de nossa região.

No inicio da manhã, após a recepção musical do grupo As Fulô do Cerrado, tivemos a mesa de abertura com o tema “A Universidade e as Alternativas em Educação” com a participação de diversos grupos de pesquisa da Faculdade de Educação da UNB: Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Educativas (GEPPE), Programa de Educação Tutorial (PET – Educação), Projeto Autonomia e Semeadores de Investigação (Semillero Brasil).

Após essa mesa, representantes das escolas apresentaram brevemente as propostas transformadoras desenvolvidas nos espaços educativos e no período da tarde os inscritos escolheram um dos espaços e participaram de uma roda de conversa aprofundando o conhecimento sobre as especificidades de cada local.

Finalizando o dia, tivemos a fala de Antônio Sagrado Lovato, coordenador à época do programa Escolas Transformadoras (Ashoka) no Brasil e de Caroline Florêncio, que é assessora em educação da Ecohabitare e foi educadora do projeto Âncora em Cotia – São Paulo.

Os/as arte educadores/as do IPEARTES estiveram presentes o tempo todo com intervenções artísticas que tornaram o dia ainda mais especial.

Fomos surpreendidos com mais de 80 educadores/as inscritos/as de diversas cidades da região e de Brasília, entre eles/as professoras/es e estudantes dos seis municípios da APA de Pouso Alto, que participaram de um projeto do IPEARTES/SEDUC, o Festival de Humanidades, que aconteceu dias antes no EHC. Esse encontro possibilitou um dia de muitas inspirações.

CONANE Jovem

Com a intenção de proporcionar um espaço de empoderamento da juventude, valorizando as ponderações dos/das estudantes sobre que escola eles/elas desejam e dando continuidade às reflexões já apresentadas no Encontro de Jovens, em 2016, sobre seus desafios e sonhos; foi concebida a CONANE Jovem. Os jovens tiveram momentos e espaços destinados especialmente para as trocas entre eles/elas e outros momentos de interação com o restante da programação do evento.

Participaram estudantes do EHC, além de adolescentes de outras escolas de Ensino Médio dos municípios da APA pouso Alto, área de proteção ambiental da Chapada dos Veadeiros, sendo Cavalcante, Nova Roma, Colinas do Sul, Teresina de Goiás, São João d’Aliança e Alto Paraíso de Goiás.

Vale ressaltar que os/as participantes já estavam sensibilizados/as com a proposta de Educação Transformadora. Vivenciavam há dois dias o compartilhamento de suas experiências em um Festival de Humanidades, sediado pelo EHC. O Festival é culminância de uma ação do IPEARTES/SEDUC, a Olimpíada de Humanidades, em que professores/as e estudantes das escolas dos seis municípios passam por uma série de ações educativas, que englobam etapas de formação, elaboração e execução de projetos de pesquisa-ação, produções artísticas e visitas de campo, vivenciando a inter-transdisciplinariedade entre Arte e Ciências Humanas. Em 2018, sua segunda edição, a Olimpíada teve como tema “Água, Terra, Fogo, Ar e Amor: interseccionando os elementos para proteger a APA Pouso Alto”.

Iniciamos o encontro com um ritmo, metodologia da Pedagogia Waldorf para promover interação do grupo, incorporada na prática do IPEARTES/SEDUC. Em roda fizemos gestos, demos passos, batemos as mãos, nos olhamos nos olhos, cantarolando um verso inspirado na filosofia africana Ubuntu.

Após essa atividade de interação do grupo, fizemos um passeio pelos os espaços de aprendizagens do EHC, guiados/as pelos/as estudantes da escola, que apresentaram o Educandário e compartilharam suas experiencias de transformação educacional vividos na escola. Foi uma oportunidade de trocas, reflexões e empoderamento em que os/as estudantes do EHC puderam refletir e valorizar o processo vivenciado por eles e elas. Para os/as estudantes das demais escolas, foi um momento de sonhar e vislumbrar alternativas de educação.

Depois, fizemos uma dinâmica de divisão de grupos, para a atividade da tarde e seguimos para o intervalo musical, nos unindo na programação com os/as outros/as participantes. 

No momento seguinte vivenciamos a dinâmica do World Café, respondendo três perguntas: O que é educação transformadora? Quais são os pontos positivos e desafiantes da educação no meu município? O que podemos fazer para transformar a educação? 

Foram criados espaços espalhados pela a escola, debaixo de árvores, corredores, pátio, biblioteca, para que pudessem acontecer as trocas. Em cada espaço, havia um cartaz contendo uma das perguntas, com tarjetas de papeis coloridos e canetões para todos/as usarem e também, uma pessoa na função de relator/a, que ficou responsável em contextualizar os grupos sobre as reflexões já realizadas. Cada grupo, composto por estudantes de todas as escolas, circularam pelos espaços, conversaram, refletiram e registraram suas respostas, formando ao final uma reflexão coletiva.

Após o trabalho nos pequenos grupos, todos/as os/as jovens se reuniram debaixo das arvores e os/as relatores/as compartilharam um resumo das respostas e discussões das três perguntas. Novas reflexões surgiram em torno da temática, experiencias e trocas sobre a realidade em suas escolas e regiões. Foi um diálogo empoderador, as/os estudantes reconheceram e valorizaram a importância das experiências de Educação Transformadora vivenciadas no Encontro de Jovens, Olimpíada de Humanidades e o próprio CONANE Jovem.

Questionaram a estrutura física e material das escolas e a possibilidade de expandir para além de seus muros. Fizeram o exercício empático em relação aos/as educadores/as, considerando suas dificuldades e desafios. Surgiu também uma reflexão marcante em relação ao próprio papel de estudantes no engajamento para uma educação transformadora, a possibilidade que eles e elas possuem de contribuir para essas experiências, na relação com educadores/as, colegas e na valorização do próprio processo de aprendizagem. Ao final, os/as jovens seguiram ao encontro dos/as demais participantes da conferência e em plenária, compartilharam com entusiasmo as percepções e reflexões vivenciadas. A experiência do CONANE Jovem fortaleceu o vínculo entre os/as jovens e despertou uma consciência empoderadora e de pertencimento deles e delas em relação à Educação.

CONANE NACIONAL Brasília 2019

Em 2019, ano de mais uma CONANE Nacional, tivemos a feliz notícia de termos sido selecionados para apresentar – no Painel de Experiências – a proposta do projeto Intercâmbio Educador Transformador, que foi realizada pelo coletivo de educadores/as do Educandário Humberto de Campos.

Entre os meses de abril e agosto de 2019 todos/as os/as educadores/as passaram uma semana em uma escola transformadora do Brasil. Ao retornarem os/as educadores/as compartilharam os aprendizados com os/as colegas, refletiram sobre as inspirações que seriam profícuas ao nosso contexto e realizaram um seminário.

O projeto teve como objetivo identificar, por meio das vivências, quais são as habilidades gerais transformadoras que distinguem cada um desses projetos como escolas transformadoras, buscando compreender como cada uma delas as engendra contextualmente a partir da cultura da comunidade onde estão inseridas. O principal impacto do intercâmbio no retorno do coletivo de educadores do EHC foi o desejo de fortalecer a criação, também cada vez mais contextual de nosso projeto educativo, ou seja, fortalecendo as mesmas habilidades gerais transformadoras observadas no intercâmbio a partir das características de nossa comunidade, nossa cultura, nossas tradições e nossas potências.

Apresentar o projeto na CONANE foi bastante enriquecedor possibilitando diálogo com outros/as educadores/as e inúmeras reflexões sobre processos mais criativos de formação de educadores/as.

Em 2020 lançamos o livro “Educador Transformador – Relatos da experiência de educadores do Educandário Humberto de Campos em escolas transformadoras”, escrito coletivamente e que materializa o desejo de compartilhar com um maior grupo de pessoas os aprendizados desse percurso.