Casa da Criança e Ensino Fundamental I

Nesse Post, elencamos a seguir alguns trechos de nosso PPP em que se desenvolvem as bases conceituais e os dispositivos pedagógicos da Casa da Criança e do Ensino Fundamental I:

1 – Educação Infantil – Casa da Criança.

Alinhada à concepção que vincula educar e cuidar, o EHC acolhe as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente familiar e comunitário, articulando-os em suas propostas pedagógicas. Objetivamos a ampliação do universo de experiências, conhecimentos e aprendizagens das crianças, diversificando e consolidando novas leituras de mundo, socialização, autonomia e comunicação, atuando de maneira complementar à educação familiar.

O espaço da Casa da Criança, centrado na proposta do acolhimento amoroso e do cuidado, oportunizará tais aprendizagens de forma espontânea e lúdica; a experimentação e a exploração naturais, próprias à fase infantil, de forma segura, alegre e prazerosa, em um ambiente mais próximo de um lar do que de uma escola. Nesse contexto, o diálogo, o compartilhamento de responsabilidades entre a Casa da Criança e as famílias são essenciais. O conhecer a si, ao outro, à natureza de forma geral e à cultura são elementos indissociáveis na nossa prática. A fim de reunir elementos para reorganizar tempos, espaços e situações que garantam o direito de aprendizagem de todas as crianças, os diversos registros feitos em diferentes momentos, tanto pelos professores quanto pelas crianças (como relatórios, portfólios, fotografias, desenhos e textos), poderão evidenciar a progressão ocorrida durante o período observado, sem intenção de seleção, promoção ou classificação de crianças em “aptas” e “não aptas”, “prontas” ou “não prontas”, “maduras” ou “imaturas”.
Na primeira etapa da Educação Básica e de acordo com os eixos estruturantes da Educação Infantil (interações e brincadeiras), a BNCC estabelece cinco campos de experiências, nos quais as crianças podem aprender e se desenvolver: a) O eu, o outro e o nós; b) Corpo, gestos e movimentos; c) Traços, sons, cores e formas; d) Escuta, fala, pensamento e imaginação; e) Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. Em cada campo de experiências, são definidos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento organizados em grupos por faixa etária.

1.1 – A Transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental.

A transição entre essas duas etapas da Educação Básica requer muita atenção, para que haja equilíbrio entre as mudanças introduzidas. Será garantida a integração e continuidade dos processos de aprendizagem das crianças, respeitando suas singularidades e as diferentes relações que elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a natureza das mediações de cada etapa. Serão estabelecidas estratégias de acolhimento e adaptação tanto para as crianças quanto para os docentes, de modo que a nova etapa se construa com base no que a criança sabe e é capaz de fazer, em uma perspectiva de continuidade de seu percurso educativo. Conversas, visitas e troca de materiais entre os professores das etapas de Educação Infantil e Ensino Fundamental (anos Iniciais) também serão importantes para facilitar a inserção das crianças nessa nova fase da vida escolar. A fim de auxiliá-las a superar com sucesso os desafios da transição, é indispensável um equilíbrio entre as mudanças introduzidas, a continuidade das aprendizagens e o acolhimento afetivo, de modo que a nova etapa se construa com base no que os educandos sabem e são capazes de fazer, evitando a fragmentação e a descontinuidade do trabalho pedagógico.

  1. Ensino Fundamental I: Anos Iniciais.

Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento integral que repercutem nas relações consigo mesmas, com os outros e com o mundo. A proposta pedagógica, ao valorizar situações lúdicas de aprendizagem, intenciona uma articulação com as vivências na Educação Infantil a novas possibilidades de ler o mundo e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos nas séries iniciais do ensino Fundamental. Introduzidos, agora, num universo de múltiplas linguagens, incluindo os usos sociais da escrita e da matemática, iniciam a participação no universo do letramento e da construção de novas aprendizagens na escola e para além dela. A afirmação de sua identidade em relação ao coletivo no qual se inserem resulta em formas mais ativas de se relacionarem com este meio social e com as normas que regem as relações entre as pessoas dentro e fora da escola, pelo reconhecimento de suas potencialidades, pelo acolhimento e pela valorização das diferenças. Amplia-se o desenvolvimento da oralidade e processos de percepção, compreensão e representação. Os educandos se deparam com uma variedade de situações que envolvem conceitos e fazeres científicos, tornando-se capazes de realizar observações, análises, argumentações, potencializando descobertas. As vivências do contexto sociofamiliar e cultural do educando, suas memórias e seu pertencimento a um grupo, estimulam a curiosidade e a formulação de perguntas, resultando em melhor compreensão de si mesmos, do mundo natural e social, das relações dos seres humanos entre si e com a natureza. As características dessa faixa etária demandam um trabalho no ambiente escolar que se organize em torno dos interesses manifestos pelas crianças, de suas vivências mais imediatas para que, a partir delas possam progressivamente ampliar a capacidade de compreensão, o que se dá pela mobilização de operações cognitivas cada vez mais complexas e pela sensibilidade para apreender o mundo, expressar-se sobre ele e nele atuar. Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica terá como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura, escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos.

No Ensino Fundamental I o trabalho será desenvolvido através de pesquisas e projetos, em que os educandos aprendem pouco a pouco a traçar seu próprio caminho no conhecimento. Parte-se da curiosidade das crianças. Ao aprenderem a fazer seu roteiro de perguntas sobre o que desejam saber, seja um roteiro falado, escrito ou desenhado e nos momentos em que há outras crianças interessadas pelo mesmo tema, ela poderão pesquisar juntas, sempre orientadas e acompanhadas pelo educador. As crianças terão oportunidade de realizar atividades externas e aulas-passeio, buscando incentivar a apropriação do conhecimento de maneira contextualizada. Os conteúdos curriculares serão organizados de acordo com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), entrelaçando-os com os princípios da Arte Educação, o Currículo de Referência do Estado de Goiás, as Diretrizes de Educação para o Campo e, por fim, os parâmetros de implementação de uma comunidade educadora. Além disso, e tendo por base o compromisso da escola de propiciar uma formação integral balizada pelos direitos humanos e princípios democráticos, é preciso considerar a necessidade de desnaturalizar qualquer forma de violência nas sociedades contemporâneas, inclusive a violência simbólica de grupos sociais que impõem normas, valores e conhecimentos tidos como universais e que não estabelecem diálogo entre as diferentes culturas presentes na comunidade e na escola.

10 – Dispositivos Pedagógicos Aplicados a Cada Etapa (da Educação Infantil ao 5º Ano) :

10.1 – Casa da Criança (Educação Infantil)

a) Aconchego:

A cada dia as crianças são recebidas com danças e músicas. Logo após o movimento, as crianças sentam em roda para conversarem sobre fatos ou acontecimentos que queiram compartilhar com o grupo. A espiritualidade é vivenciada todas as manhãs por meio de meditação, escuta ativa da natureza e preces conduzidas tanto pelas crianças quanto pelas educadoras.

b) Rotina e revisão da rotina:

As rotinas são organizadas em atividades de grande grupo/pequeno grupos interativos, de adulto/criança, de criança/criança e de adultos em equipe. O ambiente é organizado a partir dos ambientes temáticos onde a criança poderá se inscrever na atividade que aquele ambiente proporciona.
Durante a semana as crianças têm uma rotina fixa, que é revisada a cada semestre.

c) Reconhecimento de território:

As crianças participarão de atividades de reconhecimento do espaço comunitário e passeios; atividades formativas tanto em oficinas quanto em rodas de conversa; e apresentações culturais, sempre com a anuência formal dos pais ou responsáveis. Nessas múltiplas oportunidades educativas, agentes do território poderão compartilhar seus saberes de forma lúdica e integrativa.

d) Projeto ou plano do dia:

Este é um momento de construção, com a participação das crianças, da programação das atividades do dia. Ocorre durante as boas vindas e aconchego. O plano do dia será documentado pelos educandos (em suas múltiplas expressões de linguagem) e pela educadora (por meio de portfólio pessoal, fotografia, vídeo, etc.). Tais registros possibilitarão às educadoras perceber as necessidades de aprendizagem de cada criança, os focos de interesse e a partir daí formular novas estratégias e concepções para uma aprendizagem realmente significativa.

e) Cuidados com a Natureza
Valorizar relações harmônicas com a natureza desde a pequena infância é uma prioridade. Diariamente são realizadas práticas que incentivam o cuidado como coletas de sementes, visitas e cuidados de árvores nativas, cuidado de canteiros e jardins, além de colheita e degustação de frutas de cada época.

10.2 – Ensino Fundamental ( 1º ano ao 5º ano):

a) Aconchego:

Durante os primeiros 30 minutos da manhã as crianças se reúnem em círculo com suas próprias turmas ou com os colegas de todo o ensino fundamental. A cada dia são vivenciados um gênero literário, musical, danças, movimentos tradicionais da região e semanalmente é realizado o momento cívico.

b) Rotina diária:

A rotina diária é uma organização do trabalho pedagógico que acolhe os acontecimentos do cotidiano e as especificidades culturais e sociais das crianças e define a maneira como as crianças constroem experiências de aprendizagem significativas tendo como base os componentes curriculares do Currículo Referência do Estado de Goiás e a Base Nacional Curricular Comum.
A rotina ressalta a participação ativa dos/as educandos/as em uma diversidade de situações: eles/as passam um tempo estudando individualmente, com o/a educador/a, em pequenos e grandes grupos, em ambientes diferenciados, com educadores comunitários e elaborando seus projetos.

Aprendizagem a partir de jogos e materiais concretos (ludomatemática)

Para a representação de ideias e conceitos em matemática são utilizados materiais concretos ou manipulativos. Eles garantem os pressupostos da aprendizagem significativa considerando que a criança é a verdadeira agente do seu processo de aprendizagem, aprendizagem se dá por descobrimento e criação, atividade exploratória é um instrumento potente para a aquisição de novos conhecimentos.

Os jogos em pequenos grupos com os materiais concretos permitem o desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança. Nos momentos dos jogos e manipulação de materiais concretos na aprendizagem matemática as crianças escolhem qual área querem estudar e se dividem em pequenos grupos.

Letramento crítico a partir dos gêneros textuais orais e escritos (interdisciplinar)

A literatura, nos anos iniciais, será trabalhada com o objetivo estético pleno, capaz de imprimir marcas significativas nas crianças enquanto leitoras críticas. Para encantar as crianças com a literatura, estamos construindo instalações em lugares confortáveis para ler o livro em voz alta, fazer contação de história, teatro com bonecos, teatro com fantoches, teatro de sombras entre outras estratégias de encantar/encantar-se na/pela literatura.

Dessa forma, partimos da hipótese, ancorada na perspectiva histórico-cultural, de que ocorrem mudanças qualitativas nos processos de desenvolvimento cultural vivido por adultos e crianças em suas vivências com a literatura como potência de arte.
Semanalmente as crianças escrevem cartas para trocarem entre si, as crianças tem um livro da vida onde usam a escrita para reelaborarem as experiências vividas e como forma de autoconhecimento. Os projetos que as crianças escrevem são reescritos a cada fase de planejamento, refletindo sobre as formas convencionais de escrita e os regionalismos da fala que também estão são analisados. Discutir sobre os contextos de produção da linguagem e suas variantes é realizado no processo de reescrita. Os projetos de cada mês são registrados tanto online quanto nos fichários de acompanhamento de aprendizagem por projetos.

Possibilidades Avaliativas no EHC

Uma de nossas postagens sobre o EHC nessa semana, refletiram, a partir de uma prática de Matemática, de certo modo, um princípio pedagógico do EHC (3 – O Brincar e a Ludicidade) e uma possibilidade de Avaliação. Por isso, nesse post, em nosso blog, transcrevemos os trechos de nosso PPP que abordam essas duas questões:

3 – O Brincar e a Ludicidade (p. 12)

“Tanto a brincadeira quanto a fantasia são atividades ligadas à arte, à alegria e à paz. Não devem ser reprimidas e nem podem ser retiradas, pois são inerentes ao ser humano e estão presentes em todo o seu processo de desenvolvimento no transcorrer da existência. Pela ludicidade, a criança experimenta circunstâncias e papéis sociais diversos, assimétricos, aprendendo a lidar com a vida, com o outro e consigo mesmo.
O brincar livre ou planejado, as brincadeiras geracionais, tradicionais, espontâneas, a partir de materiais não estruturados ou com uso de brinquedos e dirigidas, serão incentivados nos planejamentos pedagógicos para todas as idades.”

XIV. AVALIAÇÃO (p. 26 e 27 do PPP EHC)

“A avaliação é compreendida como processo. Ela se dá com base das produções de cada um, de maneira descritiva, qualitativa, para melhorar o trabalho, encarando-se erros e problemas como naturais da aprendizagem. Em parceria com o educador, o educando fará sua autoavaliação, apontando aquele os aspectos que devem ser aperfeiçoados e informando este, as suas dúvidas e dificuldades. O educador passa a ser o orientador moral e intelectual do educando, dependendo deste o progresso feito, mas empenhando-se aquele para que esse progresso se dê.

A avaliação envolverá conteúdos factuais ou cognitivos (conhecimentos), conceituais (o conhecimento dialogando com a vida), procedimentais (técnicas para aplicar o conhecimento) e atitudinais (valores e relacionamentos).

Todas as ações e atitudes dos educandos serão motivo para reflexão, possibilitando uma reavaliação processual e uma contínua execução de estratégias de melhoria.

Os instrumentos de avaliação não serão aplicados isoladamente e poderão ser os mais variados, tais como: relatórios; trabalhos; apresentações; cartazes; produções artísticas (audiovisual, música e teatro); jogos; exercícios; provas escritas; provas orais; estudos dirigidos; produções de textos; portfólios; leituras; auto avaliação; registros de aprendizagem; grupos de estudos; simulados; dentre outros.

Um critério importante é quando o educando é capaz de ensinar um colega sobre o que aprendeu e utilizar o conhecimento de maneira prática, realizando ações que possam colaborar com a comunidade de alguma forma.
No caso do educando não participar de alguma atividade avaliativa pelos motivos amparados pela lei 7102/79, terá direito à nova atividade em data acordada com o educador.

Semestralmente os educandos e suas famílias recebem o portfólio, o relatório individual ressaltando o desenvolvimento de cada educando e o boletim. Esses instrumentos permitem a observação mais sistemática dos processos de criação, as capacidades na resolução de problemas e, também, o desenvolvimento das hipóteses de cada educando sobre o mundo que vive. Em síntese, não se trata de uma avaliação elaborada pelo educador para o educando, mas de uma construção conjunta capaz de evidenciar o processo de aprendizagem.”

Roteiros de Aprendizado e Níveis de Autonomia no EHC

Nesse post, vamos expor alguns documentos que são utilizados no processo de acompanhamento pedagógico da execução dos roteiros de aprendizado dialogando com os níveis de autonomia do PPP do EHC. Iniciamos esse contemplar pelo documento de auto avaliação nesse sentido do 8º e 9º anos:

Auto Avaliação em termos de Níveis de Autonomia (Ensino Médio)

Níveis de Autonomia Educandário Humberto de Campos

        Nome:________________________________________________________________________

Considerando seu desenvolvimento na escola durante o último mês, se avalie de 0 a 10 nos seguintes itens:

  1. Estudo bem sozinho (sem o auxílio dos professores): ______
  2. Cumpro as regras de boa convivência da escola: ______
  3. Me esforço para praticar os valores da escola: _______
  4. Organizo bem meu material de estudos: ______
  5. Estudo em casa todos os dias: ________
  6. Me esforço para regular minhas emoções: _______
  7. Sei me expressar bem por escrito: _______
  8. Sei me expressar bem oralmente: ________
  9. Aceito colaboração dos colegas e professores: ______
  10. Colaboro com os colegas: _______
  11. Sou participativo nas aulas: _________
  12. Cumpro os prazos de entregas das atividades: _____
  13. Sei escolher boas fontes de pesquisa sozinho: _____
  14. Estudo os temas das aulas para além do que é pedido pelos professores: ______
  15. Conheço as formas de estudar que são melhores para mim: ________

Após se observar nos itens acima em qual nível de autonomia você considerar estar:

 (   ) Iniciação  /  (   ) Desenvolvimento /  (   ) Aprofundamento

Agora, entremeamos o PPP do EHC com dois documentos , a seguir, que contemplam as características dos estudantes em cada nível de autonomia e as possibilidades de combinados com os estudantes:

Dispositivo: Níveis de autonomia ( Fundamental II e Ensino Médio)

Os educandos são avaliados durante seu processo, na medida em que são comprometidos passam por fases de autonomia que são divididas em: iniciação, desenvolvimento e aprofundamento.

Os educandos que conseguem nutrir os valores da escola nas relações vão trilhando um caminho de autonomia para:

a) pesquisar o que é de seu interesse; 

b) escolher o ambiente onde sente-se mais confortável para estudar;

c) escolher os instrumentos de avaliação que expandem sua potência criadora;

d) ter seus tempos de transição entre um aula e outra e outros combinados adequados para cada turma. (PPP)

Reflexões sobre autonomia presentes no PPP

Buscar-se-á o fortalecimento da autonomia dos educandos pela oferta de condições e ferramentas para que possam acessar e interagir criticamente com diferentes saberes e fontes de informação.

Buscar o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. ( Competência geral da BNCC)

É compromisso do EHC atribuir sentido às aprendizagens por sua vinculação aos desafios da realidade e pela explicitação dos contextos de produção e circulação dos conhecimentos; garantir o protagonismo dos estudantes em sua aprendizagem e o desenvolvimento de suas capacidades de abstração, reflexão, interpretação, proposição e ação, essenciais à sua autonomia pessoal, profissional, intelectual e política; valorizar os papéis sociais desempenhados pelos jovens, para além de sua condição de estudante, e qualificar os processos de construção de sua(s) identidade(s) e de seu projeto de vida, assegurar tempos e espaços para que os estudantes reflitam sobre suas experiências e aprendizagens individuais e interpessoais, de modo a valorizarem o conhecimento, confiarem em sua capacidade de aprender, e identificarem e utilizarem estratégias mais eficientes a seu aprendizado; promover a aprendizagem colaborativa, desenvolvendo nos estudantes a capacidade de trabalharem em equipe e aprenderem com seus pares; e estimular atitudes cooperativas e propositivas para o enfrentamento dos desafios da comunidade, do mundo do trabalho e da sociedade em geral, alicerçadas no conhecimento e na inovação.

A avaliação é feita a partir de uma reflexão feita pelos próprios estudantes, pelo grupo da sala, tutores e grupos de educadores.

Características dos estudantes em cada nível de autonomia

IniciaçãoDesenvolvimentoAprofundamento
– dificuldade em estudar sozinho, necessitando fortemente de apoio dos educadores;  

– precisa de apoio do educador para realizar pesquisas;  

– dificuldades em cumprir as regras de boa convivência da escola;  

– dificuldades em relação aos valores da escola;  

– dificuldades em relação à auto organização;  

– dificuldades de estudar em casa;  

– precisa melhorar na autorregulação emocional;  

– falta interesse em desenvolver aspectos básicos do aprendizado, em especial, de língua portuguesa e matemática;  

– verbaliza interesse em se desenvolver, mas não demonstra em atitudes        
– estuda bem sozinho;  

– aceita colaboração dos educadores e colegas;  

– busca colaborar com educadores e colegas;  

– realiza as atividades solicitadas pelos educadores tanto em casa quanto na escola;  

–   respeita as regras de convivência da escola;  

– esforça-se por praticar os valores da escola;  

– esforça-se por equilibrar suas emoções;  

– reconhece suas dificuldades e progride nos conhecimentos básicos de língua portuguesa e matemática que o permitem desenvolver-se bem nas demais áreas de estudos;  

– esforça-se para ser participativo;  

–   cumpre os cronogramas        
– sabe escolher boas fontes de pesquisa;  

– interesse em temas e estudos para além do que é fornecido e pedido pelos educadores;  

– sabe as suas melhores formas de estudar ;  

– sabe como pode ser avaliado considerando suas características;  

– respeita as regras de convivência da escola;  

– esforça-se por praticar os valores da escola;  

– consegue se expressar com consciência crítica,  respeito e responsabilidade;  

– comunica-se de maneira clara e objetiva;  

– possui boa autorregulação emocional e contribui com os colegas para que alcancem também mais equilíbrio; 

Possibilidades de combinados com os estudantes em cada nível

IniciaçãoDesenvolvimentoAprofundamento
– acompanhamento maior do educador;

– atividades específicas para desenvolvimento dos aspectos básicos de aprendizado que precisa desenvolver;
– escolher o espaço de estudos, combinado com o educador;

– uso do celular para pesquisas;

– uso de fone de ouvido nos momentos de estudo individual;     
– escolher as ferramentas pela qual será avaliado;

– realizar atividades escolares fora da escola com parceiros, combinado antecipadamente com o educador;

No 8º e 9º anos, há ainda um trabalho envolvendo uma pontuação que situa os níveis de autonomia, cujas orientações estão descritas a seguir:

Pontuação dos níveis de Autonomia 8º e 9º anos.

Pontuação das ações para os Níveis de Autonomia 
Observação: Os acordos são válidos para todos os espaços escolares, tais como: sala de aula, pátio, cozinhas, coletiva, Biblioteca, sala de multimídia, sala de música, ônibus escolar etc.
+5

– Ajudar o colega a superar suas dificuldades.
– Tutorar um estudante da primeira fase.
– Fazer seu próprio roteiro.
– Criar e participar do grupo de estudo e resolução de conflitos.
– Criar e participar das Assembleias do EHC.
– Desenvolver uma nova habilidade tais como: tocar um instrumento musical, teatro, dança, pintura ou artesanato em geral.
– Desenvolver mídias interativas e educativas que contribuam com ações pedagógicas do EHC.
– Desenvolver práticas esportivas variadas tais como: Xadrez, … etc.
– Contagiar outros estudantes com práticas positivas.
– Contagiar outros estudantes com a prática do estudo.
– Planejar e colocar em prática seu projeto de vida.
 
+4

– Ser responsável pela organização e manutenção de algum espaço coletivo da escola:

. Horta da escola.
. Banco comunitário de sementes.
. Biblioteca
. Cozinha Laboratório da escola
. Sala de música
. Laboratório de informática
 
+3

– Apresentar soluções plausíveis para problemas comunitários.
 
+2

– Separar o lixo da sala e dar destino correto.
– Fortalecer a união da sala e dos grupos de forma saudável.
 
+1

– Participar das aulas, apresentação de trabalhos, participar dos projetos.
– Manter o roteiro de estudo em dia.
– Participar da organização dos espaços escolares.
– Usar o uniforme corretamente.
– Evitar fofocas.
– Fazer a abertura com dinâmicas de jogos cooperativos.
– Organizar momentos de socialização organizada dentro dos roteiros.
– Autoavaliação do próprio processo de ensino aprendizagem (reconhecer as dificuldades cognitivas e buscar solucionar com estudo de forma autodidata).
 
0

– Acomodação, ponto de extremo perigo.
 
-1

– Falar palavrão.
– Comer alimentos em sala que não estão no acordo.
– Fone de ouvido sem a autorização do Professor.
– Celular sem a autorização do professor.
– Sair da sala para ficar passeando.
– Comparecer na escola sem uniforme.
– Deixar de cumprir o cronograma do roteiro (a cada dois atrasos).
– Deixar de organizar os materiais e espaços utilizados.
– Deixar de lavar os utensílios utilizados para refeições.
– Furar a fila.
– Não devolver os livros para o bibliotecário.
– Causar desordem (sem organização) nos espaços.
– Excesso de conversa, ou conversa paralela ao conteúdo, que inibe o desenvolvimento do outro.
 
-2

– Desrespeitar as regras de namoro na escola.
 
-3

– Desrespeitar os colegas (Xingamentos e ofensas).
– Apoiar e incentivar qualquer tipo de agressão, físicas, psicológicas etc.
 
-4

– Se apropriar de forma indevida de materiais alheios (afanar).
– Sair fora dos limites da escola em horário de aula.
 
-5

– Brigar (agressão física).
– Desrespeitar educadores (partindo que no EHC, todos somos educadores).
 

Acredito que essas informações possam ajudar! Leia com atenção!

As ações negativas e positivas do ser humano são influenciadas por uma série de fatores, incluindo a biologia, a experiência de vida, o ambiente social e cultural e as escolhas pessoais.

A biologia desempenha um papel importante na regulação das emoções e comportamentos humanos. Por exemplo, certos hormônios, como a dopamina e a serotonina, podem afetar a sensação de felicidade e prazer, enquanto o cortisol pode aumentar o estresse e a ansiedade.

A experiência de vida também molda as ações humanas. Experiências positivas, como o amor e o carinho, podem aumentar a probabilidade de comportamentos positivos, enquanto experiências negativas, como o abuso e a negligência, podem levar a comportamentos negativos.

O ambiente social e cultural em que uma pessoa vive também pode influenciar suas ações. Normas sociais, valores culturais e expectativas podem afetar o que é considerado aceitável ou inaceitável em termos de comportamento.

Por fim, as escolhas pessoais são fundamentais para as ações humanas. As pessoas podem escolher agir de acordo com seus valores, crenças e desejos, ou podem escolher seguir as expectativas e normas sociais.

Em resumo, as ações negativas e positivas do ser humano são influenciadas por uma combinação de fatores biológicos, experiências de vida, ambiente social e cultural e escolhas pessoais.